Em reunião realizada na última quinta-feira (4), diversas centrais sindicais realizaram uma avaliação da greve e encaminharam os próximos passos da mobilização dos trabalhadores contra as reformas da previdência, trabalhista e o PL das terceirizações. A semana do dia 22 ao dia 26 de maio contará com uma grande ocupação de trabalhadores no Congresso Nacional e uma marcha unificada contra as reformas de Michel Temer (PMDB).
Embora a greve geral tenha sido extremamente forte, parado todas as principais cidades do país e tido manifestações em mais de 250 cidades por todo o país, o governo com menos de 5% de aprovação popular continua se negando a ouvir as vozes das ruas. Temer, sem qualquer apoio popular, continua afirmando que retirará aposentadoria e outros direitos sociais dos trabalhadores como forma de garantir o pagamento em dia dos juros da dívida para bancos privados. Importante destacar, a dívida pública do Brasil nunca foi auditada, ou seja, não se tem controle sobre o que estamos pagando e muito menos sabemos porque a dívida só aumenta com juros cada vez mais exorbitantes. A ideia de retirar direitos dos trabalhadores para garantir ainda mais lucros para os banqueiros do país não agrada a maioria da população brasileira por motivos óbvios. Pesquisa realizada pelo VoxPopuli, por exemplo, descobriu que 93% da população brasileira é contra a reforma da previdência. Uma vez que apenas a greve geral não foi suficiente para o governo ouvir sua população, as centrais sindicais e trabalhadores de todo o Brasil agora convocam todas e todos para ocuparem Brasília, o Congresso Nacional e pressionem os deputados e senadores para que se posicionem contra as reformas. O #OcupaBrasília está sendo convocado pela CSP-Conlutas, Intersindical, CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros, CTB – Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil, CUT – Central Única dos Trabalhares, Força Sindical e NCST – Nova Central Sindical de TrabalhadoresUGT – União Geral dos Trabalhadores, além das frentes de movimento social Povo Sem Medo, Esquerda Socialista e Brasil Popular.