O Centro Petrobrás de Cinema, inaugurado no dia 24 de agosto em Niterói, recebeu R$12,3 milhões de investimento público através da Lei Rouanet e isenções fiscais. Foi, entretanto, privatizado e cedido para exploração econômica da empresa francesa "Reserva Cultural", que já possui unidade similar na Avenida Paulista, por 25 anos. Apesar do considerável investimento público, o custo do ingresso para cada uma das cinco salas inauguradas chegará a custar nada menos que R$31.
O auditório multiuso para festivais de cinema, o museu de cinema documental brasileiro e o núcleo de produção digital e audiovisual em parceria com a Universidade Federal Fluminense, previstos no projeto original do complexo, não saíram do status de projeto e não foram realizados.
A única contrapartida da Petrobrás, pelo investimento público milionário no espaço, será a continuidade do nome "Centro Petrobrás de Cinema" no espaço. Item que praticamente não foi respeitado por diversos veículos de mídia privada na divulgação da nova sede da empresa "Reserva Cultural".
Após passar mais de uma década praticamente abandonado pelas gestões municipais de Godofredo Pinto (PT) e Jorge Roberto Silveira (PDT), o Centro Petrobrás de Cinema foi privatizado a partir de edital publicado pela prefeitura em 2014 até ser inaugurado justamente nas vésperas das eleições municipais.
Para efeito de comparação, enquanto os investimentos da prefeitura na construção do conjunto habitacional popular Zilda Arns ficou na faixa de 5 milhões, Niterói investe mais de 6 milhões para ganhar um novo complexo gourmet que ainda contará com um bistrô, bombonière e outras lojas cedidas à iniciativa privada.